quarta-feira, 13 de julho de 2011

D. Manuel Pelino Domingues apela ao cultivo da memória de Deus como factor de esperança e como meio para evitar `a moda da indiferença religiosa`

Decorre no Santuário de Fátima a Peregrinação Aniversária de Julho.
Para as celebrações da vigília do dia 12, que se prolongam por toda a madrugada do dia 13, anunciaram-se 44 grupos de peregrinos de vários países.
Durante a homilia da missa celebrada esta noite no Recinto de Oração, D. Manuel Pelino Domingues apelou ao cultivo e à transmissão da memória de Deus, “nestes tempos de esquecimento de Deus, de indiferença religiosa e de insegurança existencial”.
"Deus parece ausente da vida quotidiana. Não mora na cidade dos homens. Se não prestarmos atenção aos sinais da sua providência, se não avivarmos constantemente a memória de Deus, podemos cair na indiferença religiosa, hoje em moda, e perder o sentido da Sua presença e protecção", disse, alertando que "sem fé viva em Deus caímos na solidão interior, na insegurança, no desânimo".
“Nota-se hoje um sentimento de insegurança, de solidão, de desânimo, porque sem Deus ficamos entregues a nós mesmos, dependentes dos nossos medos, sem luz para nos orientarmos”, disse o bispo de Santarém, que considera que, à medida que se apaga a memória Deus “e o sentido da sua presença”, “perdem-se as referências do bem e do mal”.
“Falta sobretudo o apelo ao amor verdadeiro, à liberdade e à fraternidade”, constatou.
É preciso portanto, cultivar, "manter viva e transmitir” a memória de Deus, porque “a memória fundamenta a esperança”.
“A memória fundamenta a esperança, uma esperança fundamentada nas maravilhas narradas na história da salvação e na nossa própria experiência vivida. A esperança ilumina o futuro que a Deus pertence”.

LeopolDina Simões
Bolletim Informativo do Santuário de Fátima 98/2011, de 12 de Julho, 23:00