quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Calçada Portuguesa


Bem cedo comecei

Co martelinho na mão

Mas logo m’apaixonei

P’las pedrinhas no chão


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Tony Calceteiro nunca teve a notoriedade de outros ‘Tonis’ da sociedade portuguesa, mas nem por isso deixou de ser tão artista como eles. Munido do martelinho que eternizou nos muitos versos que escreveu, António Mateus Marques andou quase meio século debruçado pelas ruas de Lisboa a deixar pedrinhas no caminho de quem passava. Brancas, pretas, rosa. Em cubo, em hexágono, em triângulo, como calhava. O chão que os lisboetas pisam diariamente tem, quase de certeza, o dedo de Tony Calceteiro, que além de mestre com as pedras ainda mostrou que era mestre com o lápis. À portuguesíssima arte da calçada dedicou Tony muitos poemas.
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A calçada começou em Portugal de forma diversa da que hoje é mais corriqueira. São as cartas régias de 20 de Agosto de 1498 e de 8 de Maio de 1500, assinadas pelo rei D. Manuel I, que marcam o início do calcetamento das ruas de Lisboa, mais notavelmente o da Rua Nova dos Mercadores (antes Rua Nova dos Ferros).
A calçada portuguesa rapidamente se espalhou por todo o país e colónias, subjacente a um ideal de moda e de bom gosto,
tendo-se apurado o sentido artístico, que foi aliado a um conceito de funcionalidade, originando autênticas obras-primas nas zonas pedonais. Daqui, bastou somente mais um passo, para que esta arte ultrapassasse fronteiras, sendo
solicitados mestres calceteiros portugueses para executar e ensinar estes trabalhos no estrangeiro.

Em 1986, foi criada uma escola para calceteiros (a Escola de Calceteiros da Câmara Municipal de Lisboa), situada na Quinta Conde dos Arcos. Da autoria de Sérgio Stichini, em Dezembro de 2006, foi inaugurado também um monumento ao calceteiro, sito na Rua da Vitória (baixa Pombalina), entre as Rua da Prata e Rua dos Douradores.
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A técnica
Os calceteiros tiram partido do sistema de diaclases do calcário para, com o auxílio de um martelo, fazerem pequenosajustes na forma da pedra, e utilizam moldes para marcar as zonas de diferentes cores, de forma a que repetem os motivos em sequência linear (frisos) ou nas duas dimensões do plano (padrões).
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A geometria do século XX demonstrou que há um número limitado de simetrias possíveis no plano: 7 para os frisos e 17 para os padrões. Um trabalho de jovens estudantes portugueses registou, nas calçadas de Lisboa, 5 frisos e 11 padrões, atestando a sua riqueza em simetrias.

conheça mais sobre esta arte em:

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Dia de São João, Apóstolo e Evangelista

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Filho de Zebedeu, rico pescador de Bethsaida (Mc. 1, 20; Mt. 4, 18--22; Jo. 1, 44), e de Salomé, que mais tarde se viria a consagrar ao serviço de Jesus e dos Apóstolos, foi educado, com o seu irmão Tiago, na seita dos zelotes. Tornado discípulo de João Baptista, por ele seria encaminhado para Jesus, vindo a ser bem depressa, um dos membros mais activos do grupo. 
A João confiou Jesus não só o maior número de missões, mas também os Seus mais intímos segredos. A ele confiará igualmente Sua Mãe, que terminará os Seus dias na companhia do «Discípulo amado». Após uma longa vida apostólica, o Apóstolo do amor será exilado para a ilha de Patmos (Apoc. 1), no tempo de Domiciano, sendo o último dos Doze a deixar a terra. 
João é o autor de vários Cartas, do Apocalipse e do quarto Evangelho.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Missas do Parto


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As Missas do Parto são uma das maiores tradições natalícias das ilhas da Madeira e Porto Santo, em Portugal. Consistem em nove missas celebradas na novena que antecede o dia de Natal — de 16 a 24 de Dezembro —, em todas as paróquias do arquipélago, ao fim da madrugada. São uma devoção mariana e comemoram a gravidez da Virgem Maria, na figura da Nossa Senhora do Ó que, na Madeira, é chamada Nossa Senhora ou  Virgem do Parto. Após as missas do parto segue-se a Missa do Galo, na noite de 24 de Dezembro.

Estas Eucaristias são muito participadas e para além do lado religioso, têm um lado profano, lúdico e recreativo. Nelas, são entoados cânticos próprios da ocasião pelo coro e pelos fiéis. Findo o ato litúrgico, as pessoas reúnem-se no adro da igreja em convívio, partilham bebidas quentes (cacau quente, café), licores, poncha, broas de mel e de coco, rosquilhas e sandes de carne vinha-d'alhos — e formam-se grupos de cantares onde se tocam instrumentos musicais regionais, como o rajão, as castanholas, a braguinha ou machete, o pandeiro, o pife, o bombo e a gaita ou harmónica. 



quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Dia de São Nicolau


                              6 DE DEZEMBRO

 Sabe quem é São Nicolau?

São Nicolau foi e é o santo mais popular do mundo. Agora é conhecido por “Pai Natal”.
No século IV, era um abade de Patara depois, Bispo de Myra (Turquia). Tornou-se famoso pela sua generosidade.
Segundo a tradição, nasceu rico, e, desde a juventude, dedicou-se a repartir o seu dinheiro de uma forma original: procurava averiguar quem seriam os mais necessitados, e, durante a noite, ia, furtivamente, a suas casas, para nelas depositar bolsas repletas de ouro.
O culto de S. Nicolau, sobretudo a tradição do  “Pai Natal”, enraizou-se nos países nórdicos, de onde se espalhou para o Ocidente.
Não confundir com o Menino Jesus, que, há 2017 anos, nasceu pobre em Belém, em 25 de
Dezembro e muito lhe ensinou!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

UNE ETOILE DANS TON CIEL

Il y a toujours une étoile dans ton ciel,
Si tu sais regarder, si tu veux regarder.
Même au plus profond de la nuit,
Quand tout semble perdu, que tu te crois abandonné,
Lève les yeux, regarde et avance.

Il y a toujours une étoile dans ton ciel,
Allez, rien n'est jamais fini,
Tout peut recommencer si tu le veux ;
Les possibles sont à portée de cœur.
Si tu sais garder l'espérance,
Lève les yeux, regarde et avance.

Il y a toujours une étoile dans ton ciel.
Bien sûr, de temps en temps la nuit l'emporte,
Mais tu le sais, ce n'est que pour un temps ;
Rien ne peut résister aux soleils à naître,
Tu verras, ils embraseront ta nuit de lumière.
Lève les yeux, regarde et avance.

Il y a toujours une étoile dans ton ciel,
Comme une invitation à te lever pour partir,
Comme un signe qui jamais ne se lasse.
Allons, redresse-toi, tu n'es pas seul.
Regarde, il est là celui que tu attendais.

                                           Robert Riber

sábado, 2 de dezembro de 2017

Contribua

Foto de Banco Alimentar Contra a Fome.


Seja voluntário e contribua. 
Mobilize os seus amigos e apareça no Banco Alimentar da sua região. 
É preciso mais para que falte ainda menos.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Restauração da Independência

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COROAÇÃO DE D. JOÃO IV (1908). 
Quadro de Veloso Salgado (1864-1945). Óleo sobre tela (325 x 285 cm). 
Museu Militar (Sala Restauração), Lisboa

Em 1637 ocorreu o tumulto do Manuelinho de Évora, um pronuncio do que viria a ocorrer três anos mais tarde, em 1640, com a instauração da casa de Bragança em 1 de Dezembro de 1640, dia da restauração da independência de Portugal.

A conspiração de 1640, contra o rei Filipe III de Portugal, foi planeada por um grupo de quarenta homens da nobreza que ficou conhecido como “os Conjurados”, dos quais se destacavam D. Antão de Almada, D. Miguel de Almeida e o Dr. João Pinto Ribeiro. Este grupo de homens acorreu ao Terreiro do Paço no sábado, 1 de Dezembro de 1640, e matou o secretário de Estado Miguel de Vasconcelos, além de aprisionarem a Duquesa de Mântua, prima de Filipe III e a quem este tinha confiado o governo de Portugal. Este momento foi o ideal para esta conspiração, pois o Reino de Espanha estava envolvido na Guerra dos Trinta Anos e estava mais preocupado em vencer a revolta da Catalunha do que propriamente com o território português.

Após a restauração da independência, a maior preocupação de D. João IV, o novo rei de Portugal, e dos seus apoiantes passou a ser a consolidação do poder alcançado. Em primeiro lugar, seria necessário que D. João IV fosse reconhecido a nível nacional e internacional como o legítimo rei de Portugal. A nível nacional, isso foi conseguido prontamente com o juramento perante as Cortes de Lisboa, em Janeiro de 1641. Depois, D. João IV enviou vários embaixadores às várias capitais europeias com o objetivo de obter o apoio dos outros monarcas. Esse esforço foi bem sucedido.