quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Homília Dia de Natal


 

"Deixemo-nos surpreender pela constante e inesgotável lição do Natal. Este é o presépio a que devemos acorrer como os pastores, gente pobre e disponível; ou depois os magos, gente desinstalada e à procura. Com todas as figurações que o seu dia-a-dia nos trouxer, aí mesmo e só aí ‘veremos a sua glória’”.

- D. Manuel Clemente

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Santos Inocentes, mártires - 28 Dezembro

 


«Hoje celebramos o nascimento para o Céu das crianças que foram assassinadas por Herodes, o rei cruel» (S. Cesário de Arles).
Ao venerar estas crianças, que proclamaram a glória de Deus, não com palavras mas com o seu sangue, a Igreja quer, em primeiro lugar, levar-nos à sua imitação sendo testemunhas de Cristo, através do martírio silencioso do cumprimento do dever quotidiano.
Ao lembrar, em plena quadra natalícia, o sacrifício destas «flores dos mártires que se fecharam para sempre no seio do frio da infidelidade» (Sto. Agostinho), quer também dirigir um apelo para que se respeite a vida, em todas as suas manifestações, desde a sua origem até ao seu termo. Na verdade, como lembrou o Concílio Vaticano II, «Deus, Senhor da Vida, confiou aos homens a nobre missão de protegê-la: missão, que deve ser cumprida de modo digno do homem. Por isso, a vida, desde a concepção, deve ser amparada com o máximo cuidado: o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis» (GS. 51).

domingo, 27 de dezembro de 2020

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Theremin



Nesta orquestra, é tocado um instrumento chamado Theremin:
É um instrumento de 'quantum', que é tocado apenas com a energia das mãos.

É um instrumento que forma um campo magnético e é tocado sem ser dedilhado.
A sua sonoridade tímbrica é próxima da voz humana.

Foi usado por Enio Moriconne nas músicas de vários filmes.

Apenas três países do mundo têm escolas de música, onde se aprende a tocar o Theremin: 
Rússia, Japão e Irlanda.



quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Padre Cruz



Padre Cruz - A caridade da delicadeza
Sessão de Clausura do processo diocesano supletivo para a causa de beatificação do Padre Cruz no dia 17 de dezembro de 2020, às 15h00.
Acompanhe a transmissão, em direto, através do site e redes sociais do Patriarcado de Lisboa e dos Jesuítas em Portugal.
 

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

O Natal segundo José Luís Brito


Uma boa parte deste Natal já aconteceu. Foi no sábado de manhã, em Lisboa, em pleno Tejo, junto ao cais das colunas.

De repente, há uma vida humana em perigo. Bem perto, muitas pessoas continuam o seu passeio, filmam com os seus telemóveis.

(...)

Ninguém pediu nada a José Luís. As imagens que documentam o seu acto heróico foram obra do acaso. Não agiu esperando recompensa ou celebração. Saltou para o desconhecido, com certeza arriscando a sua própria vida diante do filho, por um mero impulso de consciência.

Por breves minutos relembrou-nos o que tanto esquecemos e não praticamos ao longos dos dias, dos anos, em tantos Natais, afinal, como outros: cuidar de alguém. Estar perto dos que mais precisam. Ajudar os que sofrem e, silenciosamente, ainda vivem (?) em silêncio na sua imensa dor. Os que já não têm rosto e simplesmente flutuam ao sabor da corrente, tristes, esquecidos, perdidos.

Obrigado pelo exemplo, José Luís.

Obrigado pela luz!

Feliz Natal para ti!


Pedro Strecht, médico pedopsiquiatra

14 dez, 2020 - 15:31 • ​Pedro Strecht

Leia a crónica completa em:

https://rr.sapo.pt/2020/12/14/pais/o-natal-segundo-jose-luis-brito/noticia/218488/?fbclid=IwAR1VX7j4FtC1CjNjCVD8Rzw61nMKHEQlMSruC-z1e_BZsId7PsGn3Po8zU0

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Bolo Rei

Segundo a lenda, o Bolo Rei teve origem nos três Reis Magos, Baltazar, Gaspar e Belchior, simbolizando os presentes que os reis magos levaram ao Menino Jesus, no dia do seu nascimento. Assim, cada parte do bolo corresponde a cada uma das ofertas dos Reis Magos: o ouro é simbolizado pela côdea; a mirra é representada pelas frutas cristalizadas e o incenso é o característico aroma do bolo.

A origem do bolo de reis remonta ao tempo dos festejos romanos de Saturnália, quando o povo romano usava favas (símbolo da fecundidade) dentro de um bolo para eleger o rei da festa durante os banquetes. A Igreja Católica aproveitou o facto desse jogo pagão ser característico do mês de dezembro e decidiu associá-lo à época entre o Natal e o Dia dos Reis, cujo símbolo era a introdução de uma fava num bolo, mas cuja receita se desconhece atualmente.

A receita do Bolo-Rei terá chegado a Portugal em 1869 e terá sido a Confeitaria Nacional, em Lisboa, a primeira casa a vender o bolo que se tornou o protagonista das mesas de Natal. O responsável foi o confeiteiro francês Gregório, recrutado em Paris por Balthasar Rodrigues Castanheiro Júnior, filho do fundador da Confeitaria Nacional.


Leia toda a história:

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020


Eduardo Lourenço, filósofo e ensaísta.
Foi um dos pensadores mais proeminentes e um dos vultos da cultura portuguesa nas últimas décadas. 
Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta e interventor cívico, foi várias vezes galardoado e distinguido.
 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Mensagem da Conferência Episcopal Portuguesa para o Advento - parte III

Deus vem e enche o nosso tempo de “Bom-Dia”!

(continuação)

5. O andamento do Advento traz-nos um Deus que vem para o meio de nós e da nossa anemia e pandemia, e diz: “Bom-Dia”, e suplicando ordena: “Cuida de mim”. É terrível termos de assumir que, se não cuidamos bem dos pobres e necessitados, também não cuidamos bem de Deus! Mas é agora o tempo favorável! É agora o dia da salvação! É agora o tempo da enchente da Palavra de Deus, de que não devemos fugir, mas a que nos devemos expor. O nosso “eu” patronal e autorreferencial entrará em crise, e teremos de mudar comportamentos. Acolher e responder deve ser o nosso alimento. O Deus que vem não vem mudar as situações. Vem mudar os corações. E são os nossos corações mudados que podem mudar as situações. O Advento é tempo de mudança e de esperança. Celebrar o Advento é deixar entrar em nós esta torrente de Bondade, esta Saudação, este Shalôm, esta Paz, este “Bom-Dia”, este “Cuida de mim”. E responder “Bom-Dia!”, e responder que “Sim”.

6. Sim, porque a resposta de Deus hoje somos nós. «Desci a fim de libertar o meu povo da mão dos egípcios…», diz Deus a Moisés, mas pega logo em Moisés pela mão, e diz-lhe: «E agora vai; Eu te envio ao Faraó, e faz sair do Egito o meu povo» (Êxodo 3,8.10). Texto grandioso e emblemático. O Deus do Advento vem para o meio desta pandemia, pega na nossa mão, muda o nosso coração e envia-nos a mudar a situação. Está aberta a oficina do Advento: enquanto uns se afadigam na vacina, outros nos hospitais, outros nos lares, nas farmácias, na padaria, empenhemo-nos todos em encher este mundo de Paz, de Esperança e de “Bom-Dia”, à imagem e sob a proteção maternal de Maria!

Lisboa, 22 de novembro de 2020


mensagem completa em:

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Mensagem da Conferência Episcopal Portuguesa para o Advento - parte II

Deus vem e enche o nosso tempo de “Bom-Dia”!

(continuação)

3. Quando alguém te diz: “Bom-Dia!”, já sabes então o que isso significa, implica, replica, multiplica. Imagina agora que à beira da estrada encontras um pobre homem caído, abandonado, a esvair-se em sangue. Ao ver-te passar, balbucia para ti, ou apenas acende uma voz dentro de ti, que te diz, mesmo sem o dizer: “Olha para mim”, “olha por mim”, “cuida de mim”. Repara bem que o pobre não te diz: “Se quiseres, podes cuidar de mim”. Se assim fosse, podias pensar e decidir, sem precisares de descer do trono da tua sacrossanta liberdade de escolha. Mas o “cuida de mim” que o pobre balbucia para ti não é opcional: é uma súplica que é um mandamento; não tens opção de escolha; tu é que foste escolhido; tens de responder que sim, debruçando-te sobre o pobre desvalido que ordena e implora o teu auxílio. Repara bem: o pobre que jaz à beira da estrada elege-te e obriga-te, sem te obrigar, a debruçares-te sobre ele. Movimento inaudito: agora que te debruçaste sobre ele, que ordenou e implorou o teu auxílio, podes entender melhor a sua condição de soberano. Ele é, na verdade, o único verdadeiro soberano, pois sem te apontar nenhuma espingarda ou maço de dinheiro, fez com que tu te debruçasses sobre ele, libertando-te dos teus projetos e negócios, horários, agendas, calendários. Os poderosos e tiranos podem e sabem apenas escravizar-te. Mas não podem nem sabem libertar-te!

4. Por isso, o Deus que vem agora visitar-nos confunde-se com os pequeninos (cf. Mateus 25,40.45), e neles vem amorosamente ao nosso encontro, para conversar connosco, para nos dizer “Bom-Dia”, e ordenar suplicando: “Cuida de mim”. Estava atento Isaías, o profeta do Advento, que ouve Deus a dizer assim: «em lugar alto e santo Eu habito, mas estou também com os oprimidos e humilhados, para dar vida e alento aos que não têm espaço nem sequer para respirar, aos que têm o coração despedaçado» (Isaías 57,15). Bem podia o profeta dizer que Deus desceu à nossa pandemia. E nós, os habitantes da pandemia, bem podemos rever-nos no Salmista que reza: «Do “confinamento” invoquei o Senhor» (Salmo 118,5), chegando-nos a resposta outra vez através de Isaías: «No tempo favorável te respondi; no dia da salvação te socorri» (Isaías 49,8), resposta que Paulo também regista, atualiza e pontualiza: «É agora o tempo favorável! É agora o dia da salvação!» (2 Coríntios 6,2).

mensagem completa em: