quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Dia Internacional da Consciencialização sobre as Perdas e Desperdício Alimentares


Hoje, dia 29 de setembro, assinala-se pela 2ª vez o Dia Internacional da Consciencialização sobre as Perdas e Desperdício Alimentares.

Uma data decretada em 2020 pela ONU, para alertar para o impacto deste problema e a urgência em termos de sustentabilidade, que se reflecte na sua inclusão nos desígnios dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS 12.3), com a meta de reduzir em pelo menos 50% o desperdício alimentar até 2030 no retalho e no consumidor, bem como as perdas alimentares ao longo de toda a cadeia agroalimentar. Esta pretensão é acompanhada pela União Europeia, que incluiu no pacote “Economia Circular” e na Estratégia do Prado ao Prato a redução das perdas e desperdício alimentares.

Para aceder à plataforma de prevenção das perdas e desperdício alimentares: https://ec.europa.eu/food/safety/food_waste/eu-food-loss-waste-prevention-hub/
#FoodWasteEU #EUFLWPHub #FLWDay


sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Fábulas da internet



O burro disse ao tigre:
- ′′ A relva é azul ".
O tigre respondeu:
- ′′ Não, a relva é verde ".
A discussão aqueceu, e os dois decidiram submetê-la a uma arbitragem, e para isso apresentaram-se perante o leão, o Rei da Selva.
Mesmo antes de chegar à clareira da floresta, onde o leão estava sentado no seu trono, o burro começou a gritar:
- ′′ Sua Alteza, é verdade que a relva é azul?".
O leão respondeu:
- ′′ Verdade, a relva é azul ".
O burro continuou:
- ′′ O tigre discorda de mim e contradiz-me e incomoda-me, por favor, castiga-o ".
O rei então declarou:
- ′′ O tigre será punido com 5 anos de silêncio ".
O burro pulou alegremente e seguiu o seu caminho, contente e repetindo:
- ′′ A relva é azul "!
O tigre aceitou o seu castigo, mas antes perguntou ao leão:
- ′′ Vossa Majestade, por que me castigou?, Afinal, a relva é verde ".
O leão respondeu:
- ′′ É verdade. a relva é verde ".
O tigre perguntou:
- ′′ Então, por que me castigou?".
O leão respondeu:
- ′′ Isso não tem nada a ver com a relva ser azul ou verde 
O castigo acontece para que uma criatura corajosa e inteligente como um tigre aprenda a não perder tempo a discutir com um burro, e ainda mais importante, a não vir incomodar o rei com uma pergunta dessas  ".

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

A Igreja Católica é actualmente a maior instituição de ajuda solidária do mundo


Embora os números possam variar um pouco no tempo, esta imagem simples 
lembra-nos a verdadeira dimensão da missão caritativa que a Igreja desempenha no mundo


terça-feira, 21 de setembro de 2021

Dia Internacional da Paz




Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
 
A paz sem vencedor e sem vencidos
 
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
 
A paz sem vencedor e sem vencidos
 
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
 
A paz sem vencedor e sem vencidos
.
Sophia de Mello Breyner, in 'Dual'

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Carta aos diocesanos de Lisboa, no início do ano pastoral 2021-2022


Caríssimos irmãos e irmãs do Patriarcado de Lisboa

1. É com muita proximidade e estima que vos saúdo no início do novo ano pastoral de 2021-22. Com os irmãos Bispos que comigo servem a Diocese, desejo que vos traga muitas oportunidades de crescimento na fé e na caridade de Cristo, em convivência fraterna e corresponsabilidade missionária. E especialmente agora, quando participamos responsavelmente no esforço da sociedade em geral para debelar a pandemia e garantir um bom futuro, que só o será se for realmente para todos.
(...)
4. É também sinodalmente, que poderemos responder aos “desafios que enfrentam as IPSS”, quer as que “são da Igreja” quer aquelas em que também “está a Igreja”, porque nelas estão cristãos.
Além do setor público e do privado, o setor social em que se inserem as IPSS respondeu prontamente a muitas necessidades que a pandemia trouxe ou agravou. Dou graças a Deus por tanto bem que se fez através delas. Mas isto mesmo nos leva a redobrar esforços para as defender e fortalecer, como para evidenciar diante das entidades públicas e da população em geral que a existência e o bom funcionamento das IPSS são essenciais para desenvolver sentimentos e práticas que nos constituam somo “sociedade” propriamente dita.
(...)
Caríssimos diocesanos, desejo-vos as maiores felicidades pessoais, familiares e comunitárias neste novo ano pastoral. Deus vos abençoe e Nossa Senhora vos inspire - Ela que não demorou na primeira evangelização do mundo, levando em si mesma a Cristo, que todos aguardavam!


Lisboa, 1 de setembro de 2021

+ Manuel, Cardeal-Patriarca, com os irmãos Bispos que comigo servem a Diocese

Leia a Carta completa em 

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Afeganistão


O Papa Francisco acompanha “com grande preocupação” a situação que se vive no Afeganistão e pede a todos para “intensificar a oração e praticar o jejum” pela paz no país.

Rezemos com o Santo Padre através da APP @clicktopray: https://bit.ly/3rhRsFp
 

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

A propósito da leitura de São Paulo sobre as mulheres

Nota de esclarecimento da Conferência Episcopal Portuguesa – Lisboa, 24 de agosto de 2021


As leituras da Eucaristia do domingo passado tiveram ecos diversificados sobre o seu sentido e oportunidade, justamente lidas no contexto vivo e atual das perspetivas preocupantes da situação das mulheres no Afeganistão. Sem entrar em polémicas, é preciso ver com atenção alguns aspetos da leitura de São Paulo, procurando fazer justiça ao sentido do texto.

Antes de mais, é preciso olhar o texto na sua inteireza, para se dar conta do seu sentido no próprio contexto. Por isso, aqui fica a primeira parte do texto que foi lido, que diz respeito ao tema em questão, tirado da Carta aos Efésios:

“Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres submetam-se aos maridos como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo, do qual é o Salvador. Ora, como a Igreja se submete a Cristo, assim também as mulheres se devem submeter em tudo aos maridos. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela… Assim devem os maridos amar as suas mulheres, como os seus corpos. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Ninguém, de facto, odiou jamais o seu corpo, antes o alimenta e lhe presta cuidados, como Cristo à Igreja; porque nós somos membros do seu Corpo. Por isso, o homem deixará pai e mãe, para se unir à sua mulher, e serão dois numa só carne. É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja.”

Tenha-se em conta que Paulo se situa no contexto legal do direito familiar romano, que concedia melhores direitos às mulheres do que a maioria das culturas da época, mas que não deixava de pôr em relevo o papel do marido como “pater familias – pai de família”, como titular da família no seu conjunto e garantia dos direitos e deveres de cada um e o seu funcionamento relacional e social. Este quadro permaneceu nas gerações sucessivas, concretamente no direito português, até há pouco tempo. Paulo não põe em causa o direito romano, mas dá-lhe uma interpretação nova, à luz de Cristo, “Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo”, que Ele ama até dar por ela a vida.

O que causa “escândalo”, nos dias de hoje, é o conceito de “submissão” proposto à mulher. Não se trata, porém, de algo exclusivamente aplicada às mulheres, mas a todos. A leitura começa precisamente por dizer: “Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo.” Em Paulo, esta submissão não significa menor importância ou subserviência, mas o dar prioridade aos outros, como forma de atenção e cuidado; não centrar a vida e o pensar em si próprio, mas no amor que deve regular todo o relacionamento entre pessoas.

Paulo aplica este quadro jurídico-social à instituição familiar, como princípio da mútua atenção e cuidado, afirmando duas coisas. Em primeiro lugar, dê-se o devido cuidado e prioridade (submeta-se) à relação familiar que tem como representante social o marido, na sua relação com a esposa. Este princípio básico, que se aplica à mulher, mas igualmente aos outros membros da família, é completado com aquilo que o “pai de família” representa: o amor, antes de mais aplicado ao amor entre os esposos: “Maridos, amai as vossas esposas, como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela”.

Esta proposta, necessariamente complementar à que é dirigida à mulher, deve ser vista com duas perspetivas que aclaram todo o texto. Primeiramente, o “amor” e a “submissão” não se aplicam apenas a um dos esposos, mas são a lei básica do relacionamento humano, segundo o Evangelho: “Saberão todos que sois meus discípulos se vos amardes uns aos outros.” Em segundo lugar, a medida do amor é reportada a Cristo, que “amou a Igreja e Se entregou por ela”.

É à luz de Cristo que se entende a dimensão do amor, até à total entrega e ao dom da vida por aqueles que se ama. E é também essa a norma para a correta interpretação de qualquer autoridade, representatividade ou primazia. Não se trata de mandar submeter ou depreciar ninguém, mas de cuidar e dar prioridade no dom e no serviço do dia a dia. Na perspetiva de Jesus, bem presente em Paulo, a liderança é serviço e dom de si mesmo, pois Ele veio “não para ser servido, mas para servir e dar a vida”. O verdadeiro exemplo e medida de submissão e de serviço, como dom e amor, é o próprio Jesus, para os esposos e para qualquer outro membro da família e da Igreja.

Dito isto, pode-se dizer: então porque não se muda o texto, para que não se deem interpretações incorretas? A pergunta tem a sua razão de ser, mas é claro para a Igreja e para quem quiser interpretar textos e tradições com origem noutras culturas e noutros tempos: os textos não se mudam, mas educam-se os leitores a entendê-los e a atualizá-los. Por exemplo, não se mudam os versos épicos de Camões, porque não correspondem à mentalidade atual e até, em alguns casos, podem causar escândalo. Isso seria cair na arbitrariedade e na ditadura das modas e na imposição da cultura única. É por isso que se estuda Camões nas escolas, para que todos tenham acesso à beleza dos seus versos, dentro dos condicionalismos da sua época.

A Palavra de Deus permanece viva e atual e é importante que seja escutada sempre com a sua sonoridade original. O próprio Jesus deu o exemplo de leitura ao relê-la e reinterpretá-la à luz da nova realidade que era Ele próprio e a situação daqueles a quem se dirigia. Conservar a Palavra de Deus e a Tradição é continuar a fazê-las soar em assembleias vivas, como as pautas de música dos grandes autores, constantemente atuais, porque continuam a alegrar corações, a criar sonhos e a gerar estéticas novas, cada vez que se executam.