Cerca de dez mil fiéis, vindos de todo o Mundo, assistiram ontem no  Estádio do Restelo, Lisboa, à beatificação de Madre Maria Clara. Eram  11h30 quando o Cardeal-patriarca, D. José Policarpo, agradeceu ao Papa  Bento XVI por ter "proclamado Beata a Venerável Serva de Deus Maria  Clara do Menino Jesus". O público aplaudiu e agitou lenços azuis, num  momento de profunda emoção.
Pouco antes, o representante do Papa, cardeal Angelo Amato, prefeito da  Congregação para a Causa dos Santos, lera a carta apostólica a conceder o  título de beata e a anunciar que a festa litúrgica será celebrada  "todos os anos, a 1 de Dezembro", dia da morte de Maria Clara, em 1899.
De origens nobres, Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e  Albuquerque nasceu na Amadora, a 15 de Junho de 1843. Aos 13 anos perdeu  a mãe e um ano depois morreu-lhe o pai. A 27 de Março de 1876, a Santa  Sé aprova a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da  Imaculada Conceição, à qual a religiosa dedica a sua vida até morrer, em  1899, levando a sua missão evangelizadora e de assistência social a  todo o Mundo. 
 
