segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Preservar a História

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O livreiro e bibliotecário da cidade de Timbuktu Abdel Kader Haidara é um herói. 
No final de 2012, ao testemunhar o recrudescimento do conflito entre radicais islâmicos e o governo de seu país, o Mali, no noroeste da África, ele não esperou para ver qual destino teriam os raríssimos manuscritos que ele e outros livreiros guardavam caso uma guerra de fato eclodisse. Homem de ação, Haidara reuniu os colegas de profissão e, com apoio internacional, deu início a uma incrível operação de retirada preventiva da coleção, que conta com mais de 250 mil exemplares. 
Foram muitas viagens entre Timbuktu e Bamako, capital do país africano para onde as obras foram levadas, até que 80% do acervo estivessem a salvo. O trajeto de 700 quilômetros foi feito repetidamente em carros civis disfarçados de trasportadores de frutas e verduras abastecidos com gasolina custeada pelo Ministério de Relações Exteriores da Alemanha. 
No caso do resgate da biblioteca do Instituto Ahmed Baba, o trabalho foi tão profissional que nem o prefeito da cidade, Hallé Ousmani Cissé, soube da operação. Questionado em janeiro pelo jornal inglês “The Guardian” sobre o que ocorrera no Ahmed Baba, foi enfático. “Os manuscritos foram queimados.”

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