segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Abbé Pierre




Lutou durante toda a sua vida. Em primeiro lugar contra o ocupante nazi; depois contra a miséria e as injustiças.
Nasceu a 5 de agosto de 1912, em Lyon, tendo sido chamado Henri Grouès. Foi o quinto de oito irmãos. Entrou nos Capuchinhos aos 19 anos, depois de ter renunciado à sua parte do património familiar e de ter distribuído tudo o que possuía por obras de caridade. 
Acolhe na sua residência, uma casa deteriorada que restaura em Neully-Plaisance, arredores de Paris, um homem que queria pôr termo à sua vida, de seu nome Georges: «Antes de te matares, vem ajudar-me».
A residência torna-se um albergue de juventude internacional batizado “Emaús”. Começa aqui o combate conta a exclusão, a partir de uma ideia simples mas que ao tempo era inovadora: a revenda de objetos recuperados.
As primeiras comunidades de Emaús nascem segundo o princípio «dá-me a tua ajuda para ajudar os outros». Congregam deserdados que, pelo seu trabalho de recuperação, se colocam ao serviço de mais deserdados.
«Emaús tornou-se uma recuperação de homens a propósito da recuperação de coisas», definiu o abbé Pierre. O movimento de Emaús tornou-se uma multinacional de entreajuda com múltiplas vertentes, tendo como base o alojamento e o auxílio aos marginalizados – sem-abrigo, toxicodependentes, alcoólicos, ex-reclusos.
No início dos anos 80 a comunidade de Emaús organiza a distribuição noturna de alimento; em 1984 funda, com outras instituições, o Banco Alimentar. Nesse tempo, em que o desemprego crescia, reforça-se a ação em favor dos sem-abrigo.
Nunca deixou de estar ao lado dos sem-abrigo e dos indocumentados, combatendo o «mal da indiferença». É, por isso, uma das figuras mais queridas dos franceses, tendo sido várias vezes condecorado pelo Estado.


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Abbé Pierre nasceu há 100 anos | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura