A
mensagem do Papa Francisco para este dia, é clara na análise que faz à
realidade da pobreza, no mundo: «(…) A pobreza tem o rosto de
mulheres, homens e crianças explorados para vis interesses,
espezinhados pelas lógicas perversas do poder e do dinheiro. Como é
impiedoso e nunca completo o elenco que se é constrangido a elaborar à
vista da pobreza, fruto da injustiça social, da miséria moral,
da avidez de poucos e da indiferença generalizada! (…) »
Mas para além da clareza do diagnóstico, o Papa é exigente no compromisso a que todos somos diariamente chamados.
«(…)
Não pensemos nos pobres apenas como destinatários duma boa obra de
voluntariado, que se pratica uma vez por semana, ou, menos ainda,
de gestos improvisados de boa vontade para pôr a consciência em paz.
Estas experiências, embora válidas e úteis a fim de sensibilizar para as
necessidades de tantos irmãos e para as injustiças que frequentemente
são a sua causa, deveriam abrir a um verdadeiro
encontro com os pobres e dar lugar a uma partilha que se torne estilo
de vida. (…)»
E
este estilo de vida, implica tal como o Papa sublinha, o saber dar sem
nada pedir em troca, sem os “ses”, nem os “mas”, nem os “talvez”.
Em
Portugal, o drama dos incêndios aumentou de uma forma trágica, o número
dos pobres, entendendo-se aqui, a condição de quem perde tudo
de um dia para o outro. É urgente uma vontade pessoal e comunitária, de
passar das palavras às obras.