quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Os cristãos e a política, pelo Papa Francisco

Um bom cristão participa activamente na vida política e reza para que os políticos amem o próprio povo e o sirvam com humildade. Foi a reflexão proposta pelo Papa Francisco na missa celebrada a 16 de Setembro, em Santa Marta.

Comentando o trecho do evangelho de Lucas (7, 1-10) no qual é narrada a cura, por obra de Jesus, do servo do centurião em Cafarnaum, o Pontífice realçou «duas atitudes do governante». Antes de tudo, «deve amar o seu povo. Um governante que não ama não pode governar. No máximo, pode pôr um pouco de ordem mas não pode governar». Para o Papa Francisco o governante deve ser também humilde como o centurião do Evangelho, que teria podido orgulhar-se do seu poder, se Jesus lhe tivesse pedido para ir ter com ele, mas «era um homem humilde e disse ao Senhor: não te preocupes, não sou digno que entreis em minha casa, mas diz uma palavra e o meu servo será curado. Estas são as duas virtudes de um governante: amor ao povo e humildade». Contudo, também os governados devem fazer a suas escolhas. A política, diz a doutrina social da Igreja, é uma das mais elevadas formas de caridade, porque é servir o bem comum. Por conseguinte, devemos colaborar, com a nossa opinião, com a nossa palavra e também com a nossa correcção. Um bom católico participa na política oferecendo o melhor de si para que o governante possa governar». Então, o que «podemos oferecer de bom» aos governantes? «A oração», respondeu o Pontífice. Rezemos pelos governantes para que nos governem bem. Para que levem em frente a nossa pátria, a nossa nação e também o mundo; e que haja paz e bem comum.