O Papa casou ontem um casal de assistentes de bordo, em pleno voo entre as cidades de Santiago e Iquique, no Chile, naquele que é mais um episódio especial a marcar a viagem apostólica de Francisco à América do Sul.
A notícia é avançada pelo padre jesuíta António Spadaro, diretor da revista ‘La Civiltà Cattolica’ em Roma, e consultor do Conselho Pontifício para a Cultura da Santa Sé, que está a acompanhar a comitiva do Papa argentino.
“O Papa celebrou o casamento em pleno voo. Os noivos disseram a Francisco que não eram casados pela Igreja, e ele perguntou se não gostavam de fazê-lo agora. E o casal disse que sim”, adianta o sacerdote, que na sua conta na rede social ‘twitter’ colocou várias fotografias a assinalar o momento.
Nesta “primeira cerimónia matrimonial realizado por um Papa a bordo de um avião, em pleno voo”, como escreve o padre Antonio Spadaro, não faltaram as testemunhas.
E “os votos foram escritos numa normal folha A4”, pode ler-se.
O casal de assistentes de bordo em questão, Carlos e Paula, vivia junto há sete anos e têm já duas filhas em comum.
A lei chilena obriga a que o casamento civil tenha lugar num dia diferente do matrimónio religioso, e os dois noivos quando se uniram já tinham uma data marcada: 27 de fevereiro de 2010, mas nunca o puderam chegar a fazer, já que nesse dia o Chile foi atingido por um terramoto – Carlos e Paula decidiram adiar a celebração do matrimónio mas depois os anos passaram e nunca decidiram efetivamente fazê-lo.
Até este dia, com um ‘empurrão‘ especial do Papa Francisco.
Santiago, 18 jan 2018 (Ecclesia)