terça-feira, 16 de julho de 2013

Fundação Michael J. Fox atribui fundos a cientistas de Coimbra

No total, a equipa receberá 250 mil dólares (192 mil euros) para estudar o papel do sistema imunitário na doença de Parkinson.
A Fundação Michael J. Fox, nos Estados Unidos, já tinha atribuído 140 mil dólares e agora atribuiu outros 110 mil a uma equipa de cientistas da Universidade de Coimbra que está a estudar o papel do sistema imunitário na doença de Parkinson.
“A intervenção do sistema imunitário, mais especificamente as implicações de mutações genéticas nos linfócitos B na doença de Parkinson está a ser estudada, pela primeira vez [a nível mundial, tanto quanto a equipa sabe], por investigadores da Universidade de Coimbra, através do Centro de Neurociências e Biologia Celular, da Faculdade de Medicina e do Centro Hospitalar e Universitário”, anunciou esta segunda-feira em comunicado a universidade.

Os linfócitos B são células do sistema imunitário com uma dupla função: produzem anticorpos contra os agentes causadores de doenças e participam na regulação da resposta imunitária através da interacção com outras células. Mas quando sofrem mutações genéticas, as suas funções podem ser afectadas, passando os linfócitos B a ter um papel importante no agravamento da doença.

Depois de um primeiro financiamento dado a este projecto em 2012, de 140 mil dólares, pela fundação criada pelo actor Michael J. Fox, que sofre da doença de Parkinson, a equipa portuguesa vai usar os 110 mil dólares agora atribuídos para mais nove meses de investigação e aumentar o número de pessoas estudadas (mais dez doentes com a mutação, outros dez sem a mutação e dez a 15 voluntários de controlo).

Ao compreender como tudo se passa, poder-se-á avançar para o desenvolvimento de terapias que destruam os linfócitos desregulados e, dessa forma, tentar desacelerar o avanço da doença de Parkinson, diz Margarida Carneiro.