Da Reflexão da Comissão Nacional Justiça e Paz
sobre a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2022
(...)Este tempo de Quaresma que estamos a viver é verdadeiramente o tempo “favorável de renovação pessoal e comunitária que nos conduz à Páscoa de Jesus Cristo morto e ressuscitado.”
Ainda a viver as consequências de uma pandemia global que não está terminada, somo agora confrontados com os horrores da guerra, que se mostram evidentes no território europeu, mas que têm estado presentes em tantos outros territórios, apesar de não serem tão visíveis, ou de nós não os vermos com tanta evidência. Uma imensa vaga de refugiados desta guerra vem ainda aumentar esse número, já gigante, de tantos irmãos nossos deslocados. Acolher os que fogem da guerra, vivendo com eles a experiência da hospitalidade, é certamente hoje uma das maneiras de concretizar uma das obras de misericórdia (cf. Mt 35, 34-46). A preparação da celebração da Páscoa pode nesta Quaresma passar, de um modo muito concreto, pelo exercício deste acolhimento, porque, não tenhamos medo de o afirmar, a verdade sobre a nossa fé acontece também quando cuidamos dos sofrimentos dos outros, ou passamos ao largo (cf. FT 70).
Perante estes enormes desafios que nos interpelam enquanto humanidade e enquanto cristãos somos chamados, de um modo especial nesta Quaresma, a renovarmos as nossas vidas à luz do Evangelho e a comprometermo-nos, todos os dias e sempre, com a construção da paz e a realização do bem.
Lisboa, 8 de Março de 2022
A Comissão Nacional Justiça e Paz