Foi a TREAT U, uma empresa spin-off da Universidade de Coimbra criada em 2010, que desenvolveu esta nanopartícula revolucionária ao nível dos tratamentos de quimioterapia.
"A PEGASEMP é 80 vezes mais pequena do que uma célula. Quando administrada na corrente sanguínea do paciente, reconhece tumores e liberta o tratamento de quimioterapia como se de uma granada se tratasse", explica ao Boas Notícias a investigadora Vera Dantas Moura (na foto), sócia fundadora da TREAT U.
Além de actuar de forma mais dirigida e inteligente, outra característica desta nanopartícula que promete aumentar a eficácia das terapias oncológicas é o facto de "reduzir os efeitos nas células saudáveis ao diminuir a acumulação do fármaco nos órgãos que não têm lesão, o que não acontece com outros tratamentos de quimioterapia convencionais".
Este tratamento, que é administrado por via intravenosa, já foi testado com sucesso em ratinhos com cancro. Os bons resultados da equipa da TREAT U foram reconhecidos nos EUA, onde a PEGASEMP já conquistou duas patentes. Uma situação que “valida o potencial desta nanopartícula no mercado das terapias oncológicas em que se insere”, defende a investigadora, de 33 anos.
O novo tratamento poderá entrar no mercado em 2017.
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