Nascido a 16 de Junho de 1930, foi bispo nesta diocese entre 1987 e 2006, residindo actualmente no Santuário de Fátima. Poucos dias após completar os 85 anos de idade e 36 de ordenação episcopal, celebrados na mesma data, aceitou o convite para uma conversa com o PRESENTE sobre algumas memórias da sua vida.
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Mais concretamente, como é a vida do Bispo Emérito?
Um bispo emérito – e são mais de mil em todo o mundo – não é um reformado, sem mérito. A exortação apostólica “Pastores gregis” diz que os bispos eméritos são “membros importantes do colégio episcopal”. Podem e devem continuar ativos no que puderem…
Eu próprio, na situação de emérito, continuei a ser, durante alguns anos, membro de comissões episcopais e do conselho pontifício para a pastoral da saúde, o que me obrigava a ir a Roma uma ou duas vezes por ano.
Ocasionalmente, aceito algumas tarefas, quer na diocese, quer fora, e mesmo fora do País.
Beneficio também de mais tempo para a leitura e a oração, caminhadas contemplativas e viagens culturais.
No final do percurso terreno, que esperamos dure ainda muitos anos, como gostaria de ser lembrado pela História?
Desculpa que diga: sinto-me sinceramente mentalizado para ser esquecido. O ritmo de vida hoje é mais acelerado e a memória mais curta. Mas rezo para que ninguém se esqueça de Jesus Cristo.
Resta-me agradecer-lhe o prazer desta conversa e sugerir que deixe uma mensagem aos diocesanos...
Agradeço a oportunidade que me dás para saudar o senhor Bispo, todo o clero e institutos religiosos, os residentes nesta querida diocese de Leiria-Fátima, e quantos tiveram ou optaram por partir para outras regiões…
Que a Senhora de Fátima os proteja!